Por que as pessoas devem ser vegetarianas?

Saúde e Nutrição

Estudos de evolução humana têm mostrado que nossos ancestrais eram vegetarianos por natureza. A estrutura do corpo humano não é adequada ao consumo de carne. Isso foi demonstrado, numa experiência de anatomia comparativa pelo Dr. G. S. Huntingen, da Universidade de Columbia. Ele salientou que os carnívoros têm intestinos delgado e grosso curtos e que seu intestino grosso é, caracteristicamente, muito reto e liso. Em contraste, os vegetarianos possuem ambos os intestinos longos. Devido ao baixo conteúdo de fibras e alto teor protéico da carne, os intestinos não requerem muito tempo para absorver nutrientes; assim, os intestinos dos carnívoros são mais curtos do que os dos vegetarianos.

Os humanos, como os outros animais naturalmente vegetarianos, possuem ambos os intestinos alongados. Juntos, nossos intestinos medem, aproximadamente, oito metros e meio. O intestino delgado é dobrado sobre si mesmo muitas vezes, e suas paredes são convolutas, não lisas. Como são mais compridos do que os dos animais carnívoros, a carne que comemos permanece em nosso intestino por mais tempo; conseqüentemente, apodrece e libera toxinas. Estas têm sido identificadas como causa do câncer de cólon, além de aumentar a carga do fígado, que tem a função de eliminar as toxinas. Isso pode acarretar em cirrose e, até mesmo, câncer do fígado.

A carne contém muita proteína uroquinase e uréia, o que aumenta a carga dos rins e pode destruir as funções renais. Existem catorze gramas de proteína uroquinase em cada meio quilo de carne. Se células vivas são colocadas em proteína uroquinase líquida, sua função metabólica degenera. Além disso, a falta de celulose ou fibra na carne pode facilmente provocar constipação. Sabe-se que esta pode levar ao câncer do reto ou hemorróidas.

O colesterol e as gorduras saturadas da carne resultam em desordens cardiovasculares, sendo estas a causa campeã de mortes nos Estados Unidos e agora em Formosa.

O câncer é a segunda principal causa de mortes. Experiências mostram que a queima e a assadura da carne, liberam uma substância química (metilcolantrene), de poder cancerígeno. Camundongos que receberam esse produto desenvolveram cânceres como: tumor ósseo, leucemia, câncer do estômago, etc.

Pesquisas mostraram que filhotes de camundongos amamentados por uma fêmea com câncer na mama, também desenvolveram câncer. Se a carne que comemos diariamente vem de animais doentes, existe boa chance de contrairmos também tais doenças.

A maioria pensa que a carne é limpa e segura, que inspeções são feitas em todos os abatedouros. Mas tantos bois e porcos são abatidos diariamente, que se torna difícil examinar cada um. Já é muito difícil verificar se um pedaço de carne tem câncer, mais ainda, examinar animal por animal. Nos dias de hoje, na indústria de carne, simplesmente corta-se a cabeça quando esta tem um problema, ou corta-se uma perna que esteja doente. Apenas as partes afetadas são removidas e o resto é vendido.

O famoso vegetariano, Dr. J. H. Kellogg disse:   Alimentando-nos de comida vegetariana, não precisamos nos preocupar com o tipo de doença que matou o alimento e isto propicia uma refeição prazerosa!  

Há ainda outra preocupação. Antibióticos, bem como outras drogas, inclusive esteróides e hormônios de crescimento, são adicionados à ração animal ou injetados diretamente nos animais. Foi relatado que quem se alimentar dessa carne absorverá essas drogas em seu corpo. Existe uma possibilidade de que os antibióticos na carne diminuam a sua eficácia para o uso humano.

Alguns consideram a dieta vegetariana não suficientemente nutritiva. O Dr. Miller, um especialista americano em cirurgia, praticou a medicina durante quarenta anos, em Formosa. Ele estabeleceu um hospital lá, onde todas as refeições eram vegetarianas, tanto para os funcionários quanto para os pacientes.   O camundongo é um animal que pode se sustentar tanto com dietas vegetarianas quanto não vegetarianas. Quando separamos dois deles, um comendo carne e o outro, a comida vegetariana, descobrimos que seu crescimento e desenvolvimento são iguais, mas o vegetariano vivia mais tempo e apresentava maior resistência às doenças. Além disso, quando os dois ratos adoeciam, o vegetariano recuperava-se mais rapidamente  , e acrescenta:   Os remédios da ciência moderna melhoraram muito, mas podem tratar apenas das doenças. O alimento, entretanto, mantém a nossa saúde.   Ele ressalta ainda:   O alimento proveniente das plantas é uma fonte mais direta de nutrição do que o da carne. As pessoas comem os animais, mas a fonte de nutrição dos animais que comemos, vem das plantas. A vida da maioria dos animais é curta e têm todas as doenças que o homem tem; é muito provável que as doenças do homem sejam causadas pelo consumo de animais doentes. Portanto, por que não buscamos nossa nutrição diretamente das plantas?   O Dr. Miller lembrou que precisamos apenas de cereais, feijões e legumes para ter toda a nutrição necessária à manutenção da boa saúde.

Muitos têm a idéia de que a proteína animal é   superior   à vegetal, por ser aquela uma proteína completa e esta incompleta. A verdade é que algumas proteínas vegetais são completas e que com a combinação de alimentos, pode-se obter proteínas completas dos alimentos com proteínas incompletas.

Em março de 1988, a American Dietetic Association anunciou:   É a posição da ADA que as dietas vegetarianas são saudáveis e nutricionalmente adequadas, quando apropriadamente planejadas.  

Acredita-se erroneamente, que os carnívoros são mais fortes do que os vegetarianos, mas uma experiência conduzida pelo professor Irving Fisher, da Universidade de Yale, em 32 vegetarianos e 15 pessoas que comiam carne, mostrou que os vegetarianos tinham mais resistência do que os que comiam carne. Ele pediu às pessoas que estendessem seus braços por tanto tempo quanto possível. O resultado do teste foi muito claro. Entre as 15 pessoas que comiam carne, apenas duas conseguiram ficar com seus braços estendidos por quinze a trinta minutos; entretanto, entre os 32 vegetarianos, 22 conseguiram ficar com seus braços estendidos por quinze a trinta minutos, 15 pessoas mais de trinta minutos, 9 pessoas mais de uma hora, 4 pessoas mais de duas horas e uma até mais de três horas.

Muitos atletas maratonistas seguem uma dieta vegetariana, por longos períodos que antecedem as corridas. A Dra. Bárbara More, especialista em terapia vegetariana, terminou uma corrida de cento e dez milhas em vinte e sete horas e trinta minutos. Com 56 anos de idade, ela quebrou todos os recordes dos atletas jovens.   Quero ser um exemplo para mostrar que as pessoas que seguem a dieta vegetariana desfrutarão de um corpo forte, mente lúcida e vida purificada.  

Como os vegetarianos conseguem proteína suficiente em sua dieta? A Organização Mundial recomenda que 4,5% de calorias diárias sejam derivadas da proteína. Os trigos têm 17% de suas calorias como proteína, os brócolis têm 45% e o arroz 8%. É muito fácil obter uma dieta rica em proteína sem comer carne. Com o benefício adicional de evitar muitas doenças causadas por dietas de alto teor de gordura, tais como doenças cardíacas e muitos cânceres, o vegetarianismo é, claramente, a escolha superior.

Tem sido provado o relacionamento entre o consumo de carne e outros alimentos de origem animal, que contêm alto teor de gorduras saturadas e doenças cardíacas, câncer de mama, câncer de cólon e derrame cerebral. Outras doenças que são freqüentemente prevenidas e às vezes curadas por dieta vegetariana de baixo teor de gordura, incluem: pedras no rim, câncer de próstata, diabete, úlcera péptica, cálculo biliar, síndrome de intestino irascível, artrite, doença da gengiva, acne, câncer pancreático, câncer de estômago, hipoglicemia, constipação, diverticulose, hipertensão, osteoporose, câncer de ovário, hemorróidas, obesidade e asma.

Não há risco maior para a saúde do que comer carne, com exceção do fumo.